Museu de Vila do Bispo
Um olhar para a história e Sustentabilidade

É verão e tempo de conhecer o que Portugal tem de melhor para oferecer ao nível das suas paisagens, praia, mar, serra, história e gastronomia.

O Museu de Vila do Bispo inaugurado em 20 de janeiro de 2024 é um local obrigatório para visitar. Fascinante pelo trabalho de pesquisa histórica, combinando tradição e modernidade. Pretende fomentar a investigação, conservação e divulgação do património natural do Algarve e em especial da região onde se insere, o Barlavento.

Dá a conhecer a história natural da Região, com mais 400 milhões de anos, desde a sua fundação geológica aos paleontológicos icnofósseis dos dinossauros, aos primitivos vestígios da presença humana, incluindo a história, os acontecimentos e personagens.

Ao visitar o Museu impressiona a arqueologia subaquática dos naufrágios que ocorreram ao largo da costa, as batalhas navais que tiveram lugar como a Batalha de Lagos, no âmbito da Guerra dos 7 Anos quando em 18 agosto 1759, o Ócean, navio almirante da marinha francesa, foi atacado por navios ingleses, acabou por se afundar na praia da Salema, ficando vários dos seus canhões submersos. É também apresentado no Museu o episódio referente ao fatídico dia 24 de abril de 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, quando o submarino U-35 da Marinha Imperial Alemã afundou quatro navios estrangeiros, frente a Sagres.

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A Sustentabilidade é também abordada no Museu com a apresentação de trabalhos artísticos mostrando recipientes com lixo Marinho recolhido em limpeza de praias e também a apresentação de um quadro “O Robalo da Vila” de autoria de Daniela da Silva Ferreira tendo como matérias-primas o tecido de algodão reutilizado de lençóis e cordas de pesca recolhidas na praia.

Esta imersão na história e cultura da região Algarvia não permite, no entanto, esquecer os desafios cada vez maiores que o sul enfrenta relacionados com escassez água resultante das alterações climáticas com temperaturas médias mais elevadas e menor precipitação, o que no caso do Algarve, se vem a verificar ao longo dos últimos 12 anos.